Brasil / Mundo
Governo lança programa de captação de recursos para a Amazônia
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (9), em cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que institui o programa Adote um Parque, criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para permitir que pessoas físicas e jurídicas, nacionais e estrangeiras, doem bens e serviços que serão destinados a atividades de preservação de unidades de conservação.
A primeira fase do programa é voltada exclusivamente às 132 unidades de conservação federais na Amazônia. Os parques ocupam 15% do bioma, totalizando 63,6 milhões de hectares. Os recursos serão aplicados diretamente pelos parceiros nas unidades adotadas, segundo informou o governo. Futuramente, a ideia é expandir o programa para parques nacionais localizados em outros biomas do país.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pessoas físicas e empresas nacionais que participarem do programa deverão doar um valor inicial de R$ 50 por hectare. “O volume total previsto, se todos os parques fossem adotados por esse valor, que é o mesmo para pessoa física e jurídica, é [em] potencial de R$ 3 bilhões”, afirmou. No caso de empresas ou personalidades estrangeiras, o valor será de 10 euros por hectare.
Entre as ações de proteção ambiental no escopo do programa, estão a prevenção e combate a incêndios e desmatamentos, recuperação de áreas degradadas, consolidação e implementação de planos de manejo, vigilância e monitoramento dos parques. As pessoas físicas e jurídicas que adotarem os parques serão reconhecidas pelo governo federal como “Parceiros do Meio Ambiente” e poderão divulgar essa parceria. A adoção será de um ano, podendo ser renovada por até cinco anos.
A primeira empresa a patrocinar uma unidade de conservação será a rede Carrefour no Brasil. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro Ricardo Salles e o presidente do Carrefour América Latina, Noel Prioux, assinaram um protocolo de intenções para marcar a parceria.
A unidade de conservação adotada pelo Carrefour é a Reserva Extrativista (Resex) do Lago do Cuniã, em Rondônia, com cerca de 75 mil hectares. O valor anual de repasse da empresa será de aproximadamente R$ 3,8 milhões. Segundo Salles, o orçamento federal atual manutenção dos parques é de cerca de R$ 210 mil por unidade.
Em seu pronunciamento, Bolsonaro comemorou a adesão da primeira empresa ao programa e disse que o programa está despertando o interesse de empresários. “Que nós podemos falar para aqueles que nos criticam que nós não temos condições, por questões econômicas, de atender nessa área. Venham nos ajudar. E uma empresa francesa foi a primeira que apareceu, é um marco para nós, é uma prova [de] que o projeto do Ricardo Salles é bem-vindo e despertou a atenção e o interesse de muitos empresários. Outros estão a caminho já bastante avançado”, afirmou.
A cerimônia no Palácio do Planalto contou com a participação de diversos ministros e parlamentares. O vice-presidente Hamilton Mourão, que atualmente preside o Conselho da Amazônia, não participou do evento.


Brasil / Mundo
Contratação do crédito rural alcança mais de R$ 147 bilhões em oito meses
A menor demanda de crédito para comercialização é explicada, principalmente, pela elevação dos preços agrícolas, que torna desnecessária a formação de estoques.
O bom desempenho do crédito rural tem como destaque os financiamentos contratados pelos produtores de maior porte e cooperativas
De julho/2020 a fevereiro/2021 o valor das contratações de crédito rural somaram R$ 147,57 bilhões, o que representa uma alta de 18%, em relação a igual período da safra anterior.
De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021 , os recursos para investimento somaram R$ 47,33 bilhões (40%), R$ 78,64 bilhões (14%) para custeio, R$ 8,24 bilhões (1%) para industrialização e R$ 13,34 bilhões para comercialização, que teve redução de 3%.
A menor demanda de crédito para comercialização é explicada, principalmente, pela elevação dos preços agrícolas, que torna desnecessária a formação de estoques. As maiores reduções por financiamentos dessa natureza foram observadas, principalmente, para os produtos relacionados à cesta básica, como leite (-36%), arroz (-26%), café (-7%), milho (-9%), trigo (-6%), bovinos (-6%) e suínos (-42%)
O bom desempenho do crédito rural tem como destaque os financiamentos contratados pelos produtores de maior porte e cooperativas , classificados na categoria de “Demais”, que se situaram em R$ 49,14 bilhões (16%) para custeio e R$ 35,22 bilhões (56%) para investimento. Essa categoria respondeu por 62% do crédito de custeio e 74% do crédito de investimento.
No âmbito do Pronaf , as contratações de custeio somaram R$ 12,11 bilhões e no Pronamp R$ 17,38 bilhões, com crescimento de 19% e 6%, respectivamente. Já para investimento foram contratados R$ 10,23 bilhões pelo Pronaf e R$ 1,88 bilhões ao amparo do Pronamp , crescimento de 8% e 3%, respectivamente.
Os médios produtores, amparados pelo Pronamp, também podem financiar seus investimentos por meio dos programas específicos de investimento ( Moderfrota, Inovagro, Moderinfra, ModeragroPCA, ABC ).
O fato de as contratações de custeio, realizadas pelos “Demais” produtores, ter crescido 16% em valor e reduzido 23% em número de contratos, elevando, assim, o ticket médio dessas operações, é explicado, principalmente, pelo aumento na utilização de recursos livres, que não têm limite de financiamento.
Fontes de recursos para o crédito rural
Dentre as contratações de crédito rural, realizadas com recursos controlados, no total de R$ 100,15 bilhões, destaca-se a redução de 25% na utilização de Recursos Obrigatórios, se situando em R$ 27,19 bilhões, ao mesmo tempo em que a utilização de recursos da Poupança Rural Controlada aumentou 78%, atingindo R$ 42,45 bilhões.
O aumento na utilização de recursos das fontes não controladas (22%) foi superior ao das fontes controladas (17%). Na avaliação do diretor do Departamento de Crédito e Informação, Wilson Vaz de Araújo, isso confirma o acerto da política de diversificação das fontes de financiamento, com destaque para o aumento de 72% em recursos livres (de tesouraria ou próprios dos bancos), num total de R$ 12,16 bilhões, e de 15% nas contratações com recursos da fonte LCA, que ficaram em R$ 20,79 bilhões.
Em relação aos financiamentos realizados no âmbito dos programas de investimento, com recursos da fonte BNDES, administrados pelo Mapa, os programas que se destacaram, pelo valor contratado e respectivo aumento, foram o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota): R$ 7 bilhões (33%), o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro): R$ 1,56 bilhão (29%), o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA): R$ 1,66 bilhão (60%) e o Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra): R$ 714 milhões (106%).
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