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Com Marina Ruy Barbosa, “Sequestro Relâmpago” não alcança status de thriller
Publicado
2 anos atrásO novo longa de Tata Amaral, “Sequestro Relâmpago” é baseado em uma história real e, de fato, é uma realidade possível para quem vive em São Paulo. Na história, Isabel ( Marina Ruy Barbosa
) é uma jovem com aparente boa condição financeira que acaba sendo levada por Matheus (Sidney Santiago Kuanza) e Japonês ( Daniel Rocha
) depois de beber com os amigos em um bar.

O que deveria ser um assalto se torna um sequestro relâmpago
depois que eles não conseguem tirar dinheiro da conta da menina. Com ela até a manhã seguinte, eles andam por São Paulo e planejam o que fazer com as horas que tem pela frente.
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Logo do começo estabelece-se um cenário de “bom policial, mau policial” entre os dois sequestradores, com Matheus encarnando uma espécie de Robin Hood moderno, enquanto Japonês é um menino desbocado que parece não saber o que faz no crime – mas gosta da sensação de poder.

Daniel Rocha, nesse momento, se torna o elo mais fraco desse triângulo. Ele não convence como um jovem marginalizado e carrega nas gírias sem que elas façam sentido saindo de sua boca. Sidney por outro lado mostra um Matheus contido, que está roubando para prover para sua família e acalma a menina, deixando-a segura de que vai ficar tudo bem, eles só querem o dinheiro.
Durante todo o processo os dois, que não se conheciam antes do assalto, estabelecem uma disputa para ver quem é o líder, e ambos parecem despreparados para a tarefa. Isabel não faz o tipo mocinha desamparada, e tenta criar situações para se livrar dos dois, mesmo sem efeito.
Nesse jogo de quem “tem o pau maior” como a própria Isabel em determinado momento aponta, eles circulam por São Paulo, que se torna personagem da história. Começam na região boêmia e abastada da Vila Madalena, circulam pela marginal pinheiros, vão parar no centro da cidade e enfim rumam para a Zona Norte, quando as coisas começam a sair do planejado e eles tentam uma nova solução ao levar o carro da menina para outro bandido, conhecido de Japonês.
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Os diálogos são pobres e nenhum dos três personagens chega a cativar até o ponto em que Japonês é posto de frente com bandidos de verdade e fica evidente que ele é só um menino que não sabe o que faz. A partir daí Daniel Rocha fica mais confortável no personagem e seus trejeitos exagerados tem razão de ser. Mas a primeira meia hora do filme, até chegar no momento em que fica estabelecido que eles não conseguirão sacar o dinheiro até o dia seguinte, não tem nenhuma sutileza no olhar e no diálogo. Quem conseguir superar essa primeira fase, verá um novo filme, pois é quando os três já estão juntos por tempo suficiente para se entenderem melhor que a história fica interessante.
Com poucos personagens, o longa é focado basicamente nos três dentro do carro (sempre em evidência e, coincidentemente ou não, da marca da qual Marina é garota propaganda), mas não há uma sensação de enclausuramento, nem de suspense, e nesse ponto Amaral falha em não aproveitar o melhor de sua história. Ao manter a primeira parte do filme tão longa, ela põe à prova o espectador e não oferece ferramentas suficientes para que ele se importe com ninguém. Divulgado como um thriller psicológico, o filme não entrega o prometido.
A coisa muda de figura quando eles vão parar em um bar na periferia. Esgotados, sem saber o que fazer e vendo as horas passar lentamente, eles criam uma espécie de laço que, se não fosse o fato de estarem fazendo Isabel de refém, poderia muito bem ser uma história de amizade distorcida.
Matheus precisa da validação de Isabel para se autoafirmar tanto como um homem de seu interesse, como alguém que realmente está no comando, enquanto Japonês fica à vontade para se comportar como bem entende, já que sua carapuça de bandido já caiu.

Sem a necessidade de construir o suspense, a narrativa se transforma e o longa convence bem mais como um retrato social: o pobre que quer sustentar a família mas também se estabelecer como macho alfa, o menino que tem tudo para ser playboy, mas é herdeiro da bandidagem e a patricinha que tenta provar que os três são iguais só porque come glúten e sabe jogar sinuca. Marina faz uma versão mais agressiva de suas tradicionais mocinhas, mas não chega a criar algo novo. O destaque é de Sidney, que consegue desenvolver Matheus de tal forma que você consegue odiá-lo e ainda torcer por ele.
Se desde o começo a história trabalhasse esse conceito, o filme teria algo de substancial para mostrar. Mas mesmo usando frases de efeito para estabelecer as diferenças sociais, essa característica é deixada em segundo plano e o filme falha em estabelecer qualquer suspense.
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“ Sequestro Relâmpago
” faz parte da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e terá uma última sessão na segunda-feira (29) no Espaço Itaú Frei Caneca 2.


O programa de rádio A Voz do Brasil completa 85 anos nesta quarta-feira (22). Idade avançada para pessoas e para instituições no Brasil. Uma frase atribuída a Leonardo da Vinci, que morreu idoso para o seu tempo (aos 67 anos), sentencia que “a vida bem preenchida torna-se longa”.
Em oito décadas e meia, A Voz do Brasil preencheu a vida dos ouvintes com notícias sobre 23 presidentes, em mandatos longínquos ou breves. Cobriu 12 eleições presidenciais, e manteve-se no ar durante a vigência de cinco constituições (1934, 1937, 1946, 1967 e 1988).
O programa cobriu a deposição dos presidentes Getúlio Vargas (1945) e João Goulart (1964), o suicídio de Vargas (1954), a redemocratização do país em dois momentos (1946 e 1985), o impeachment e renúncia de Fernando Collor (1992) e o impeachment de Dilma Rousseff (2016).
Além de notícias dos palácios do governo federal, A Voz do Brasil levou aos ouvintes informações sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O programa narrou as conquistas do país em cinco Copas do Mundo e a derrota em duas – a mais traumática em 1950. A Voz registrou a inauguração de Brasília (1960) e cobriu a morte de ídolos como Carmen Miranda (1955) e Ayrton Senna (1994).
Pelo rádio, e pela A Voz do Brasil, muitos brasileiros souberam da invenção da pílula anticoncepcional (1960), da descida do homem na Lua (1969), dos primeiros passos da telefonia móvel (1973), da queda do Muro de Berlim (1989) e da clonagem da ovelha Dolly (1998).
Vida longa
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
Curiosidades sobre A Voz do Brasil
A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.

Inauguração da transmissão do programa A Voz do Brasil, Brasília, DF. – Arquivo Nacional
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
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A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.


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