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Banda Titãs lança ópera rock e defende liberdade de silenciar na política
Publicado
2 anos atrásLançando seu novo álbum de trabalho após quatro anos, ” Doze Flores Amarelas – A Ópera Rock
“, a banda Titãs apresenta um experimento totalmente novo tanto para a banda como também para os fãs. O formato de ópera rock é um projeto dos músicos que navega contra a maré de lançamento de músicas feitas especialmente para as plataformas de streaming, além de tratar de temas relevantes para a sociedade, reafirmando a essência do poder do rock and roll.
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A longevidade da banda Titãs
– que alcança trinta e seis anos de carreira – se dá por canções fortes que transparecem a essência do rock e da banda, formada na cidade de pedra em 1982, quando a Ditadura Militar estava sofrendo com os fortes movimentos de represália e caminhando para o seu fim. Coincidentemente, a banda formada por Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto está vivendo novamente um período político tenso e polarizado.
Através dos perfils nas redes sociais, diversos artistas tem se manifestado sobre o atual cenário que o País está vivendo, entretanto, não se posicionar também tem sido considerado por muitos algo negativo, mas que no pensamento de Sérgio, também é um direito.

“Eu acho uma opinião errada e tem certa arrogância nesse tipo de colocação, de achar que entende a posição do outro pelo outro, porque como você pode falar pelo outro? Você fala a sua visão do outro, mas o outro pode ser que tenha uma colocação diferente, mais pontual, mais complexa”.
Em complemento, ele faz ressalvas e diz que quem não tem desejo de se pronunciar sobre ambos os lados não “deve ser chamado de ignorante e nem ser acusado moralmente como se isso fosse uma falha moral”, diz um dos músicos da banda Titãs.
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Tony também concorda com o pensamento do parceiro de banda. “Quem quiser se manifestar deve e pode se manifestar, é ótimo, e quem não quiser não deve ser patrulhado por isso de maneira nenhuma. Se a gente é uma democracia e é um lugar de liberdade, não há que ter um julgamento de quem faz isso ou aquilo, tudo é direito”, expõe.
Banda Titãs defende a manutenção da democracia
Sobre a banda tornar público o seu pensamento político, Sérgio ressalta que deve ser algo mais individual, com Branco relembrando que a banda Titãs em outros momentos já foi engajada em propagandas políticas.
“Eu acho que para quem conhece a nossa história, por exemplo, não cabe uma cobrança nesse nível, entre nós, discutimos sobre isso há anos. Nós já tivemos posicionamento como banda e até fazer campanha para um candidato ou para outro. Acho que isso faz parte, mas isso não pode ser uma regra, não acho certo”, observa.

Citando a frase ‘Discordo do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo’, do pensador francês Voltaire, Tony defende acima de tudo a manutenção democrática da liberdade de expressão seja qual for o tema, com Branco acentuando que o julgamento parante a sua posição ou silêncio não é válido.

“Eu acho que tem uma coisa que não é legal, na minha opinião, são esses julgamentos. Primeiro, democracia , você é um cidadão antes de mais nada, você não é um partido ou uma corporação. Eu me coloco como cidadão, o cidadão tem liberdade para se expressar ou não o que ele quiser”, completa Branco.
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Doze Flores Amarelas – A Ópera Rock
A abertura para projetos novos que saem da zona de conforto – como o novo álbum “Doze Flores Amarelas – A Ópera Rock” com vinte e cinco canções inéditas, e a cumplicidade dos músicos são pontos ressaltados pelos três integrantes da banda Titãs como um dos pilares da prolongação do grupo. “O que tem é um princípio do que ‘o que importa é a banda’, você manter a cumplicidade e que o trabalho que você faz seja sempre estimulante”, conta Sérgio.
Ele diz que o que funcionou para a banda é não permitir “cair na repetição”, cuidando para não se tornar uma coisa burocrática, “porque a relação com arte e burocracia é muito frustrante”. “Eu acho que isso nos manteve unidos independente de fracasso, sucesso e tudo mais. Eu acho que é um ingrediente forte”, completa.

Inspirados em outras óperas rock referências como “Tommy” (The Who), “The Wall” (Pink Floyd) e “American Idiot” (Green Day), estar em um palco e trabalhar juntamente com uma narrativa dramaturgica e musical foi um fato inédito para a banda, que sempre trabalhou gravando discos em estúdio ou ao vivo, se diferenciando um pouco no projeto acústico quando teve a presença de uma orquestra.
A escolha do nome do álbum com a canção Doze Flores Amarelas
se deu pelo fato que ela tinha uma das letras mais fortes, além de ser um dos momentos mais cruciais durante a narrativa. Outra canção resistente é a Me Estuprem
, que tem uma crítica à cultura do estrupo e a sociedade machista, mas que segundo Tony, a banda “não quis se apoderar de um discurso das mulheres”, mas falar desse tema, além de outras coisas como a relação dos jovens com drogas, o hedonismo da juventude e conflito dos jovens com os pais.
Sustentação do poder do rock!
Forte referência dentro do rock, a banda que também já teve em sua formação outros músicos
de peso como Paulo Miklos, Arnaldo Antunes e Nando Reis, surpreende com longevidade musical em alto nível, que vem desde o lançamento do primeiro disco em 1984, “Titãs”, passando por “Cabeça Dinossauro”, lançado em 1986 e relançado em 2012, “Domingo” (1995), “Sacos Plásticos” (2009), “Nheengatu” (2014) e agora com “Doze Flores Amarelas – A Ópera Rock”.

Sobre o atual cenário do rock, Tony diz que o gênero deixou de ser a única referência quando o assunto é música de protesto comparado há vinte ou trinta anos, mas expondo que outras bandas ainda se propõe a ser referência e outros gêneros musicais estão ganhando força, como por exemplo o rap. Entretanto, dois nomes fortes do gênero, Nick Cave e Roger Waters, ex-Pink Floyd, exerceram sua liberdade de expressão e resistência ao protestar recentemente contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) em seus show no Brasil, aderindo ao movimento #ELENÃO.
Questionandos sobre a posição da banda perante os atos, Tony disse que os anos de luta pela liberdade não foram em vão e é preciso manter o direito tanto do artista como também do público em se manidestar, já que estamos em um País democrático.
Sobre o impacto sob o rock em um eventual governo do candidato do PSL para os próximos quatro anos, Sérgio ressalva que não é possível prever o futuro.

“Eu não tenho bola de cristal, não posso dizer. Mas por exemplo, nesses últimos anos, se assistiu a decaída total do rock, então não sei se isso tem haver exatamente com isso. Tem banda e artistas geniais que surgiam durante a Ditatura Militar. Eu não sei se essas coisas são tão simples assim”, fala.
Já para Tony, “se não houver nenhuma quebra da democracia ou da Constituição, as coisas vão rolar tanto num governo como no outro e vão rolar como sempre rolaram”, relembrando que a banda esteve presente nos governos dos presidentes Sarney, Collor (Itamar), Fernando Henrique e Lula.

“Eu acho que o rock sobrevive em todos os lugares, em todos os lugares do mundo tem banda de rock. É claro que nas democracias ele floresce melhor, o rock também é uma afirmação da liberdade. Mas a gente quer crer que qualquer que seja o candidato que ganhe, o Brasil vai se manter uma democracia dentro das regras da Constituição”, por fim, Branco completa. “Eu acho que precisa ter muita atenção, precisa ficar muito ligado”, finaliza o integrante da banda Titãs
.


O programa de rádio A Voz do Brasil completa 85 anos nesta quarta-feira (22). Idade avançada para pessoas e para instituições no Brasil. Uma frase atribuída a Leonardo da Vinci, que morreu idoso para o seu tempo (aos 67 anos), sentencia que “a vida bem preenchida torna-se longa”.
Em oito décadas e meia, A Voz do Brasil preencheu a vida dos ouvintes com notícias sobre 23 presidentes, em mandatos longínquos ou breves. Cobriu 12 eleições presidenciais, e manteve-se no ar durante a vigência de cinco constituições (1934, 1937, 1946, 1967 e 1988).
O programa cobriu a deposição dos presidentes Getúlio Vargas (1945) e João Goulart (1964), o suicídio de Vargas (1954), a redemocratização do país em dois momentos (1946 e 1985), o impeachment e renúncia de Fernando Collor (1992) e o impeachment de Dilma Rousseff (2016).
Além de notícias dos palácios do governo federal, A Voz do Brasil levou aos ouvintes informações sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O programa narrou as conquistas do país em cinco Copas do Mundo e a derrota em duas – a mais traumática em 1950. A Voz registrou a inauguração de Brasília (1960) e cobriu a morte de ídolos como Carmen Miranda (1955) e Ayrton Senna (1994).
Pelo rádio, e pela A Voz do Brasil, muitos brasileiros souberam da invenção da pílula anticoncepcional (1960), da descida do homem na Lua (1969), dos primeiros passos da telefonia móvel (1973), da queda do Muro de Berlim (1989) e da clonagem da ovelha Dolly (1998).
Vida longa
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
Curiosidades sobre A Voz do Brasil
A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.

Inauguração da transmissão do programa A Voz do Brasil, Brasília, DF. – Arquivo Nacional
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
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A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.


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