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“Annie, o musical” é um espetáculo que enche os olhos e desperta o otimismo
Publicado
2 anos atrásCom uma mensagem de que o amanhã pode ser um dia melhor, “Annie, o musical” é daqueles espetáculos que enchem os olhos de adultos e crianças e faz o público sair com as músicas na cabeça. A versão, fiel a da Broadway, é uma super produção, em cartaz no Teatro Santander, em São Paulo, que trata de forma leve e com muito otimismo problemas políticos e sociais. O musical possui três elencos infantis e nomes de peso como Miguel Falabella, Sara Sarres e Ingrid Guimarães.
Leia também: “Annie, o musical” se destaca como espetáculo para toda a família

“ Annie
, o musical” é inspirado na história em quadrinho “Little Orphan Annie” (A Pequena Órfã Annie), de Harold Gray, e conta a história de uma menina que vive em um orfanato dirigido pela senhora Hannigan (Ingrid), uma alcoólatra sem filtros, e, para tentar encontrar os pais, Annie tenta fugir, mas é encontrada por um policial junto com seu novo amigo, o cachorro Sandy, e obrigada a voltar para o orfanato. A reviravolta na história acontece quando a menina é convidada para passar o Natal com o bilionário Oliver Warbucks (Falabella).
A princípio, a trajetória de Annie pode parecer simples, mas para o produtor do espetáculo Cleto Baccic, do Atelier de Cultura, o musical é, de um ponto de vista artístico, importante para o momento político que o Brasil passa. “Vivemos em um momento em que não sabemos se amanhã teremos essa liberdade de fazer o que estamos fazendo e o espetáculo fala exatamente isso, que tudo pode ser diferente amanhã e tem a possibilidade de ser um dia melhor”, fala ao iG
.
Vivemos em um momento em que não sabemos se amanhã teremos essa liberdade de fazer o que estamos
A colocar essa grande produção no palco, que emprega diretamente 200 pessoas, e mantê-la com qualidade durante toda a temporada é necessário investir um valor estimado em R$ 8 milhões. Para agregar valor social ao projeto, Baccic decidiu rodar o Brasil para encontrar os três elencos infantis, que se revezam entre as apresentações, dando oportunidade para meninas de várias partes do país e foi nessa busca que a produção chegou as talentosas, e encantadoras, Luiza Gattai, Maria Clara de Rosis e Sienna Belle, que se dividem entre a personagem título.
Luiza tem 11 anos e está em seu primeiro musical, ela ficou nacionalmente conhecida por cantar no “The Voice Kids” e conta ao iG
que a experiência na televisão deu mais nervoso porque foi a primeira vez que ela cantou para um grande público. “Eu achei que a estreia do Annie seria o dia mais tenso da minha vida, que eu ia ficar ofegante, mas na hora que subiu a cortina eu pensei: ‘Ué, cadê o nervoso?’. Sai procurando ele, mas não achei (risos). É muito bom estrelar um musical, eu estou adorando”, afirma.
Chegar ao papel principal, não foi fácil! A atriz mirim precisou passar por um processo de audição que contou com mais de três mil meninas de cinco cidades brasileiras. “Não tinha ideia que eu ia passar porque foi minha primeira audição. Pensei que seria apenas uma experiência, mas eu encarnei minha Annie e a produção gostou”, conta Luiza que tem brilhado e se divertido em cena.
Na hora que subiu a cortina eu pensei: ‘Ué, cadê o nervoso?’. Sai procurando ele, mas não achei
Mesmo estando em seu primeiro musical, a atriz se habituou rápido a grandiosidade que envolve esse gênero e já se sente segura até para improvisar – quando necessário. “Tem um cachorro no musical e em uma cena que canto com ele. Teve um dia que acho que ele se distraiu com algo na plateia e começou a avançar, mas na cena, um policial chega e pede para eu me afastar do cachorro e como ele estava agitado tivemos que mudar as falas e fazer tudo diferente. No final deu tudo certo, para quem não conhecia passou despercebido”, lembra Luiza.
Leia também: “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812” traz novo conceito de musical
São necessários três elencos infantis porque a Lei trabalhista coloca muitas restrições na quantidade e dias de trabalho para crianças, portanto Luiza só pode fazer duas apresentações por semana, mas quem disse que a interprete de Annie deixa o teatro? “Eu adoro assistir as outras meninas em cena, venho quase toda semana. Sempre tem algo para melhorar, então eu assisto para me inspiro nelas.”
Luiza garante que é fácil conciliar as duas sessões que apresenta na semana com a escola e sempre arruma tempo para brincar, inclusive nos corredores do teatro, que realmente é animação só.
Ingrid Guimarães tem sua estreia nos musicais

Realizando um sonho, a atriz Ingrid Guimarães estreia em seu primeiro musical em um personagem que sempre se viu fazendo. Mesmo com medo do canto, ela topou o desafio e não está fazendo feio, pelo contrário, ela usa o jeito caricato da senhora Hannigan a seu favor e deixa a descontrola diretora do orfanato divertidíssima.
“Quando o Miguel [Falabella] me convidou, eu fiquei mais tranquila, porque ele também é um ator, comediante que canta. Ele foi falando para eu ir me preparando e que se eu não tivesse jeito para cantar não ia me expor. Assim que vi o tamanho da produção, sabia que era uma oportunidade única. Fora que encaixou na minha vida porque sabia que não ia fazer nhenuma novela agora”, conta Ingrid ao iG
.
A atriz assistiu ao filme quando tinha a idade de Annie, de 10 para 11 anos, e se identificava com a história daquela menina, não pelo fato dela ser órfã, mas sim por achar lindo ver aquela garota alegre, espevitada, engraça e cheia de personalidade cuidando das outras moradoras do orfanato, fora isso, Ingrid amava e sabia de cor todas as músicas.
“Todo mundo que vem ver essa peça depois me liga depois dizendo: ‘Não aguento mais, estou a dois dias com as músicas na cabeça’”, brinca Ingrid. “A música é um elemento muito forte desse musical, mas o principal, para mim, era ver uma menina tão forte da minha idade protagonizando um filme, eu me espelhava.”
Segundo Ingrid, fazer um musical é um desafio e uma loucura. “Você mora aqui no teatro. No começo fiquei tensa, mas já relaxei, estou me divertindo. É um personagem que pode tudo, cada dia invento algo novo. É bom fazer uma maluca, sem censura – que puxa cabelo, bebe e é politicamente incorreta. Posso dançar, cantar de todas as maneiras e para uma atriz é muito gostoso isso, ainda mais em musical porque a questão técnica é forte, você tem dar deixar na hora certa, não pode improvisar e assim por diante.”
É muito bom ficar entre crianças e cachorro, eles são os protagonistas. Fora que esse personagem para mim é memória afetiva
Desde o filme “Fala sério, mãe”, que protagonizou com Larissa Manoela, Ingrid tem buscado fazer trabalhos mais voltados para crianças e adolescentes por conta da própria filha. “Ela não tinha acesso aos meus trabalhos, um dia ela me disse que todo mundo falava dos meus filmes e ela não podia assistir”, conta a atriz que acabou se apaixonando por esse novo público.
“É muito bom ficar entre crianças e cachorro, eles são os protagonistas. Fora que esse personagem para mim é memória afetiva, não só minha como de uma geração. Marcou, tem gosto de infância”, garante.
Talento reafirmado em “Annie, o musical”

Enquanto Ingrid faz sua estreia, a atriz Sara Sarres é uma veterana que mostra que seu talendo é destaque independente do papel. Depois de realizar inúmeros trabalhos e rodar o mundo na turnê mundial do clássico “ O Fantasma da Ópera
”, na pele de Christine, ela agora encara Grace com a leveza que a personagem pede.
“Eu estou encanada com a Grace, é muito bom ter a oportunidade de nesse momento da vida fazer uma personagem tão doce, tão leve, tão maternal. Chegou no momento que tinha que ser, sabe?”, indaga Sara. “É uma alegria trabalhar com as crianças, nossos corredores são uma alegria, o palco é uma alegria, é um momento muito feliz da minha carreira.”
O que eles têm de experiência na nossa frente, nós temos de garra, então não tinha como não estarmos equiparados
A atriz classifica a montagem de Annie como algo digno de qualquer palco do mundo. “Fiz a turnê mundial do Fantasma, estive em oito países. O Brasil não deve em nada para outros lugares, o brasileiro é muito musical, a gente tem ritmo, está no nosso sangue e os diretores estrangeiros percebem isso, eles ficam impressionados com o tamanho da nossa entrega, da nossa paixão, da nossa intensidade. O que eles têm de experiência na nossa frente, nós temos de garra, então não tinha como não estarmos equiparados.”
Leia também: Grandiosa montagem de “Peter Pan” traz voo, magia e encantamento
Quando comprou o título, Baccic não imaginava que se tratava de uma franquia, ou seja, que nada poderia ser alterado da versão original e isso brecou a criatividade de Miguel Falabella, que, além de atuar, é diretor do espetáculo.
Por conta do contrato, cenário, nomes, figurinos e elementos como a Casa Branca tiveram que ser mantidos em “ Annie
, o musical”, mas isso não pretende se repetir nas produções futuras, como o musical “Billy Elliot”, que haverá mais liberdade criativa, mesmo não sendo permitido fazer nenhuma alteração na coreografia original.


O programa de rádio A Voz do Brasil completa 85 anos nesta quarta-feira (22). Idade avançada para pessoas e para instituições no Brasil. Uma frase atribuída a Leonardo da Vinci, que morreu idoso para o seu tempo (aos 67 anos), sentencia que “a vida bem preenchida torna-se longa”.
Em oito décadas e meia, A Voz do Brasil preencheu a vida dos ouvintes com notícias sobre 23 presidentes, em mandatos longínquos ou breves. Cobriu 12 eleições presidenciais, e manteve-se no ar durante a vigência de cinco constituições (1934, 1937, 1946, 1967 e 1988).
O programa cobriu a deposição dos presidentes Getúlio Vargas (1945) e João Goulart (1964), o suicídio de Vargas (1954), a redemocratização do país em dois momentos (1946 e 1985), o impeachment e renúncia de Fernando Collor (1992) e o impeachment de Dilma Rousseff (2016).
Além de notícias dos palácios do governo federal, A Voz do Brasil levou aos ouvintes informações sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O programa narrou as conquistas do país em cinco Copas do Mundo e a derrota em duas – a mais traumática em 1950. A Voz registrou a inauguração de Brasília (1960) e cobriu a morte de ídolos como Carmen Miranda (1955) e Ayrton Senna (1994).
Pelo rádio, e pela A Voz do Brasil, muitos brasileiros souberam da invenção da pílula anticoncepcional (1960), da descida do homem na Lua (1969), dos primeiros passos da telefonia móvel (1973), da queda do Muro de Berlim (1989) e da clonagem da ovelha Dolly (1998).
Vida longa
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
Curiosidades sobre A Voz do Brasil
A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.

Inauguração da transmissão do programa A Voz do Brasil, Brasília, DF. – Arquivo Nacional
A longevidade do programa A Voz do Brasil é assunto de interesse de historiadores e pesquisadores da mídia de massa no país. “É curioso como um programa de rádio se torna uma constância em um país de inconstância institucional, jurídica e legislativa”, observa Luiz Artur Ferrareto, autor de dois dos principais livros de radiojornalismo editados no Brasil.
Para Sonia Virginia Moreira, professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a longa duração do programa “tem muito a ver com a própria longevidade do rádio como meio de comunicação. A morte do rádio foi anunciada várias vezes e ele segue como um veículo muito importante no Brasil.”
“Nenhum governo abriu mão dessa ferramenta fantástica. A longevidade vem da percepção que os diferentes governos tiveram que manter essa ferramenta era algo que trazia uma vantagem enorme para o governo do ponto de vista das suas estratégias e para seus objetivos”, acrescenta Henrique Moreira, professor de jornalismo e especialista em história da mídia no Brasil.
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A Voz Brasil nem sempre teve como trilha sonora de abertura trecho da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes. O Hino da Independência (1822), composto por Dom Pedro I, e Aquarela do Brasil (1939), de Ary Barroso, também serviram para marcar o início do programa.


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